Política

BINÔMIO: POLÍTICA E ECONOMIA

    A interferência da política e da economia na vida das pessoas em sociedade é algo sistêmico. Acontece constantemente. Não é um fenômeno inusitado. Esse binômio parece comandar todos os problemas e decisões. E age radicalmente, quase paralisando as outras ações. Observa-se isso, neste momento, no país. E queiram ou não os agentes políticos e econômicos, envolvidos nessa batalha de ação resolutiva, esses dois elementos, além de exercerem primazia, prioridade, neutralizam ações capazes de solucionar quaisquer outras. Essa intervenção é tão forte que inibe a construção de soluções eficazes à sociedade. Embora andem juntos em momentos e movimentos objetivos e até subjetivos, transmitem às pessoas fortes emoções, irritabilidade,insegurança, instabilidade, com preponderância da ação política. Por isso que se diz que a ação política prejudica e paralisa a economia. E enquanto não resolvido o problema político, continuará confusa e adversa a economia; sem rumo, com muita falação, nenhuma resolutividade e provocando insegurança em todos os demais setores.

         Mas queira ou não a própria sociedade, a reforma política, administrativa e econômica, empreendida por Dilma Rousseff, com todos os acordos construídos pelos lideres políticos, dará outro horizonte ao Brasil, ainda que a reforma não seja a do agrado de todos ou da maioria. Entretanto, foi a possível de ser feita nesse mar de indecisões, fortemente revolto, em que nos encontravamos.

         Nesse presidencialismo de coalizão é quase impossível agradar a todas as correntes políticas e econômicas, porém, não tenho dúvida de que os lideres trabalharam no sentido de atender prioritariamente as demandas da sociedade, que exigia uma solução aos problemas sociais e econômicas, que se agravam com a instabilidade provocada pela política.

         Também queira ou não à sociedade e seus agentes, a tendência é de apaziguamento e calmaria política, social e econômica. Justamente porque algo foi realizado, concretizado, rumo a uma solução. Porque ruim mesmo é não convergir à adequação da questão. A sociedade esperava uma decisão. Ela foi tomada. Certamente mais profunda do que esperava o conjunto social.

         Agora, é administrá-la, sem vaidades dos lideres, com humildade, para que o Brasil retorne ao crescimento, com produtividade, inflação estabilizada, criação de empregos e distribuição de renda. Que prevaleça o poder das instituições.

Magno Pires é advogado da União (aposentado), Membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Ex Secretario de Administração de Estado do Piauí.

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