Política

Cassação de Cunha só deve ser votada em agosto, diz Maranhão

Cassação de Cunha só deve ser  votada em agosto, diz Maranhão
O líder do governo namara, André Moura (PSC-SE), anunciou ontem que a Casa irá interromper os trabalhos na segunda quinzena de julho apesar de ainda estarem pendentes as votações de projetos importantes e de interesse do Executivo e do país. De acordo com Moura, a proposta feita pelo governo de trabalhar neste período encontrou resistência em diferentes bancadas da base aliada, e o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), bateu o martelo e decidiu que o recesso branco acontecerá. Maranhão, segundo Moura, avisou ainda que ficou para agosto a votação do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no plenário da Casa.
- A proposta que apresentamos, de transferir o recesso branco para setembro, não foi aceita. a Câmara seguirá o Senado e terá o recesso branco. Faremos um esforço concentrado na próxima semana, até a quinta-feira, para votar matérias importantes para o país. Retornaremos na primeira semana de agosto - disse Moura.
Pela Constituição Federal, senadores e deputados podem entrar em recesso na segunda quinzena de julho se aprovarem a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017. Mas, até o momento a proposta não chegou ao Congresso Nacional e o próprio Moura admite que é difícil sua aprovação até a próxima semana. As duas Casas teriam que manter as votações, mas durante o recesso branco as votações não acontecem por falta de quórum de parlamentares para apreciação das matérias.
O líder do governo disse que tentará votar ainda esta semana as medidas provisórias que trancam a pauta de votações. além da urgência do projeto que trata das dívidas de estados e do Distrito Federal com a União. O governo também quer aprovar a lei de governança dos fundos de pensão. Moura, no entanto, não escondeu a preocupação com a decisão de Waldir Maranhão de presidir a sessão desta terça-feira:
- Causa preocupação porque poderemos enfrentar problemas. Muitas bancadas resistem à condução da sessão pelo presidente Maranhão
Em reunião com o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), os líderes da base avisaram Moura que a proposta de suspender o recesso branco enfrentaria resistência entre as bancadas.
- Muitos líderes relataram que os parlamentares terão dificuldade de vir na segunda quinzena de julho, pois assumiram compromissos com viagens ou estarão cuidando das convenções municipais. É um período pré-eleitoral, de definição de chapas - disse André Moura.
O líder conta que ontem, depois que defendeu os trabalhos durante a segunda quinzena de julho, recebeu vários telefonemas de deputados avisando que não poderiam estar presentes. Moura disse que isso não atrapalhará a votação do recurso de Eduardo Cunha na CCJ.
Fonte: Diario do Povo