Política

GESTÕES DE SARNEY, COLLOR, ITAMAR E A DE DILMA

 

         Enquanto não for resolvida a desorganização e/ou desarticulação política com entendimento das agremiações partidárias com os seus lideres, a recessão econômica não estancará e prosseguirá fazendo os seus profundos estragos em todos os setores da atividade brasileira. Pois, a ciência política introduz  e comanda os passos iniciais à solução de qualquer problema nas áreas da também ciência da gestão, da economia, das finanças, do orçamento e do planejamento etc.

         Esse desentendimento entre os poderes, especialmente do Legislativo (Senado e Câmara) com o Executivo, só tende a agravar o problema econômico, aprofundando a recessão; embora as empresas Petrobras, Vale do Rio Doce, Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Lojas Brasileiras, Banco do Brasil, CEF, BNB, CSN, FAT... apresentam lucros fantásticos nessa “crise” da economia nacional. A Petrobras, mesmo passando pelo Petrolão, apresentou  lucro de 5,6 bilhões, mesmo todas torcendo pela sua falência, mais pela ojeriza ao PT, que teve o seu líder maior, o presidente Lula, o melhor avaliado de Sarney à Dilma.

         Não sou nem um otimista inconseqüente, que acha que tudo está bem, tampouco pessimista estupefato para compreender que o Brasil está péssimo. Não tenho essa compreensão. Mas entendo que não chegaremos à atual situação da Grécia. Nem somos um pais com as características da Espanha e de Portugal. A riqueza, o patrimônio e a grandiosidade de nossa economia não permitem qualquer comparação com esses três países. No que pese a cultura milenar desses três nações, notadamente da Grécia, com sua tradição democrática, o Brasil desponta com um parque industrial colocado entre os 8 maiores do mundo, produção agrícola entre as primeiras do mundo desenvolvido, o maior rebanho bovino do mundo, agronegócio competitivo com os Estados Unidos; o Brasil está inserido na economia planetária e é a sétima economia mundial.

         Noto que o nosso maior adversário é o brasileiro; faltam-lhe civismo e patriotismo. Pois fala mal do país em casa, no trabalho, no bar, na praia, nos negócios, em artigo de jornais, em entrevistas... virou uma praga maldizer o Brasil, seus políticos e administradores. Até parece que nada terá jeito. E terá. O governo da presidente não é  pior que o de Sarney, de Collor, de Itamar, de FHC e o do próprio coligado Lula. Todos enfrentaram crises políticas e econômicas e as gestões de Sarney e Collor foram acentuadamente mais graves para o povo brasileiro que a da presidente Dilma, que viveram inflação altíssima, desemprego e seqüestro da poupança. Também ambas com gravíssimos problemas nas contas publicas.

         Noto, que a oposição inconseqüente, acha que tudo estar sem jeito, até escritores, professores, jornalistas e empresários clamam pelo retorno da ditadura militar de 1964, entendendo que ela foi a redenção nacional, mas que não foi, teve gravíssimos problemas de corrupção. O inicio da construção da Transamazônica, nunca concluída, na gestão do ex-presidente Médici, enriqueceu políticos e empresários e ninguém foi preso, respondeu inquérito e foi condenado. Apenas com os Anões do Orçamento, o Mensalão, o Petrolão e o Banestado..., já na era do regime da plenitude democrática, que as instituições funcionam regulamente e até mandaram um ex-presidente recolher-se ao seu ostracismo, com o impeachment; e reapareceu agora envolvido na Lava-Jato, saqueando os cofres públicos da Petrobras em R$ 23 milhões. E proprietário de uma frota de veículos de luxo. É a democracia, os seus percalços e o presidencialismo de coalizão. O Brasil terá jeito, porém, o pessimismo do brasileiro dá-me (ou nos dá) outro compreensão, embora distorcida do País.       

Magno Pires