À CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E À AGÊNCIA DE TIMON(MA) - I

Magno Pires

            Se a Caixa Econômica for à falência e/ou pedir concordata e/ou recuperação judicial, tenho absoluta certeza de que jamais contribui para essa condição. E não tenho nenhum interesse que isso aconteça. Mas, que alguns de seus produtos devem ser privatizados e o seu capital, em parte, transferido, será saudável ao carcomido sistema-financeiro nacional que muitos acham moderno.

A Caixa tornou-se um elefante financeiro prejudicial à sociedade; embora o seu atendimento a milhares de brasileiros, especialmente a concessão de empréstimos através do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ainda que residências (populares) de péssima qualidade e sem fiscalização adequada das edificações construíds. Unidades que caem o teto, reboco sem qualidade, piso, portas e janelas feitas de madeira ordinária, facilmente destruídas pelo cupim, notadamente o branco.

Os financiamentos para os ricos, com aquisição de imóveis excelentes, nada acontece, apenas atrasos circunstanciais no pagamento das prestações.

            Adquiri, com financiamento da CEF, três (3) imóveis, sendo um em Recife à Rua Gerson de Barros Pinangé, 57, Rosarinho, Recife-Pernambuco; e dois (2) em Teresina: um imóvel na Av. João Elias Tajra, Ed. San Remo, Apto. 301, que liquidei; outro na Av. Senador José Cândido Ferraz, 1945, Apto 102, Ed. Vila Borglese, que estou pagando; tendo liquidado 88 (oitenta e oito) das 135 (cento e trinta e cinco) prestações negociadas. Equivalente a 153,45% (cento e cinquenta e três virgula quatro por cento) do  Contrato original liquidado.

Entretanto, por conta de circunstanciais atrasos na liquidação do contrato inicial, por perca salarial, nessa crise econômica brutal, a CEF encaminhou-me para o SERASA. Do contrato, tem apenas (duas) prestações em atraso. Acho um absurdo esse procedimento da CEF. Venho quitando normalmente as prestações, ainda que com atraso, mas, terminando por saldar o débito.

Ademais, não represento, com mais esse empréstimo, qualquer risco à saúde financeira da entidade. Há, portanto, um exagero. Falta sensibilidade dos gestores.

            Pois, se esse débito de R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais) complicá-la (saldo devedor). financeiramente, então há o risco de que está mesmo na iminência de ir à falência, à concordata e/ou pedir recuperação judicial, embora tendo obtido um lucro de R$ 12,5 bilhões em 2017, com perspectiva de um muito maior em  2018; no entanto, praticando taxas de juros escorchantes, absurdas, abusivas e imorais. Bem diferente das taxas de juros praticadas entre países mais pobres que o Brasil.

            Lançando-me no SERASA, entidade famigerada e protetora apenas dos ricos, especialmente de banqueiro, conquanto são os que mais emprestam dinheiro, apenas me impossibilita de efetuar o próprio pagamento à CEF; porque fico sem condições de obter, através de outros mecanismos lícitos na praça, recursos para liquidar a minha dívida. Estou impedido em todo o sistema financeiro, empresas de crédito, inclusive com os agiotas. Embora, tendo muito honorários a receber, aproximadamente, R$ 2,6 (dois vírgula seis milhões), porém, também não me pagam. 

São ações de execução de cobrança contra o Governo do Estado do Piauí, Governo Federal e outros órgãos privados que estão dependendo de um despacho judicial, no entanto a Justiça demora na decisão. E, até também por conta dos inúmeros recursos judiciais legais. E o volume de processos ajuizados e a falta de juízes.

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 115.520.200 acessos em 9 anos e sete meses. e-mail: [email protected].