Gestão
Magno Pires, Presidente da CEPRO, falar sobre a produção e exportação de cera de carnaúba

Extrativismo da planta é uma das principais fontes de renda do Piauí.
Com a seca, a extração do produto deve cair 16%, afirma Cepro.
Com a seca, a extração do produto deve cair 16%, afirma Cepro.
Neste período está sendo realizada em Campo Maior, a 91 km de Teresina, a extração da carnaúba. O extrativismo da planta é uma das principais fontes de renda do estado, na época de estiagem. No entanto, a Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro) já registrou uma queda de 16%.
De acordo com Magno Pires, presidente da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), a cera de canaúba é o segundo produto mais exportado do estado. “A redução na produção se deve a seca e o movimento migratório dos trabalhadores”, disse Magno.
O presidente da fundação revelou que de janeiro a agosto de 2012 foram exportados U$ 37 milhões, já no mesmo período de 2013, as vendas não ultrapassaram os U$ 32 milhões, uma redução de 16%. A cera da carnaúba perde em volume de exportações para a soja, produzida no cerrado piauiense, que arrecadou R$ 147 milhões por ano.
“A seca e o movimento migratório afetaram a produção. Com a estiagem, os trabalhadores migram do Nordeste para a regiões Sul e Sudeste em busca de emprego, com isso, falta a mão de obra que faça a extração da planta”, informou Magno Pires.
O trabalhador rural Francisco Chagas, da Fazenda Taboleiro Alegre, revela que a extração do produto é a única oportunidade de emprego que tem. “O salário é de R$ 500. Apesar de ser um pouco complicado, é nossa única alternativa, já que na roça não tem colheita por conta da estiagem”, disse Francisco.
Depois de feita a extração das folhas na copa da árvore, o produto é levado para a fazenda, onde quase tudo é aproveitado. “Os pedaços que sobram das folhas, que recebe o nome de bagana, são utilizados como adubo para outras plantações”, revelou o produtor rural Aluísio Ernesto.
Com parte das folhas da carnaúba é retirada a cera, produto que corresponde a 23% das importações do estado. “O resto das folhas, nós utilizamos para fazer vassouras e também para o artesanato. É um produto rico que recebe o nome de árvore da vida, porque tudo se aproveita nela”, afirmou a comerciante Ana Cláudia Sousa.
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/10/cai-producao-e-exportacao-de-cera-de-carnauba-no-piaui.html
