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O HOMEM, O LIXO E A NATUREZA

O HOMEM, O LIXO E A NATUREZA

O HOMEM, O LIXO E A NATUREZA

           

Magno Pires

 

            O lixo é um grande problema, talvez insolúvel, não só para a humanidade, mas também para os demais seres animais; inclusive as aves.

            Estima-se que há oitenta milhões de toneladas de lixo acumulados nos oceanos e mares.

            Os animais marítimos, e as aves, se “alimentam” de plásticos e outros materiais, lançados nos mares.

            Os peixes também. Até as baleias, maior mamífero, estão morrendo por conta da ingestão de material plástico lançado aos mares e oceanos pelo homem.

            Os bovinos, equinos e jumentos, especialmente estes, que pastam nas margens das estradas e nas ruas, avenidas e parques das cidades, estão adoecendo muito e morrendo. Comem os plásticos e não regurgitam.

            Se mares, oceanos, rios, riachos, açudes, lagoas, grotas, riachos de minação, brejos e baixadas estão todos sendo depósitos de lixo, o destino da humanidade é de não ter água para beber no futuro. Será, não tenho dúvidas, a mais grave situação enfrentada pelo homem. Embora, ele mesmo, haja encerrado, acabado, essas fontes de fornecimento de água pura.

            A água doce é muito pouca no mundo. E com esse tratamento inadequado do homem às fontes de água, a tendência é faltar o produto ou escassear, provocando o mais grave dos problemas hídricos enfrentados pelo homem. E a solução será a dessalinização das águas do mar.

            O homem, desde os primórdios, fere mortalmente a natureza, derrubando as florestas, que protegem os cursos d’água e lhes dão vida.

            O desmatamento da floresta, também desde o princípio, tem provocado inundações, alagamentos, desmoronamentos das encostas dos morros, desalojamentos humanos e tremores nas periferias das megalópoles e trazendo transtornos com o desdobramento desses tradicionais fenômenos naturais.

            De tempos menos remotos para cá, tem surgido uma consciência ecológica, liderada por entidades públicas e privadas, com os governos, referendando esse trabalho. Tem surtido efeito esse sério trabalho de recorte em memória da natureza.

            A consciência ecológica, em benefício da natureza, tem registro emregulamento constitucional de proteção constante.

            O homem só sobrevive porque retira da natureza o suficiente à sua alimentação; e, por isso, tem de desmatar a floresta e preparar a terra para manter-se com os alimentos produzidos, inclusive o seu negócio, como instrumento de manutenção de trabalho.

Estradas, aeroportos, ferrovias, conjuntos residenciais, condomínios habitacionais, postos de gasolina, igrejas. Isso tudo provoca irreparáveis danos à natureza. Mas, o homem, tem que transportar os seus alimentos, produzidos nessas áreas desmatadas, pelas estradas, pelos aeroportos, pelas ferrovias... construídas com esse objetivo.

As roças, com as brocas e derruba; depois, as queimadas, após esse procedimento, encaiva-se e queima-se; enfim, planta-se, limpa e/ou capina, para fazer o plantio. Hoje, porém, os trabalhos consistem na derruba com os correntões enfeiramento para, só depois, queimar as leiras, em seguida, procede-se a aerogradeação, com o posterior plantio, por último.

A colheita dos produtos nesses vastos campos de produção de soja, milho, feijão, algodão faz-se em grandes colheitadeiras modernas e automáticas, com poucos homens no seu manejo.

O combate às pragas é outro dano à natureza. O veneno utilizado mata animais e pássaros; extinguindo espécies existentes nos Cerrados.

Entretanto, queira ou não o homem, para produzir os aliment, terá que desmatar e queimar, matando a natureza; embora o protesto dos orgânicos, produzidos em pequena escala, consequentemente insuficiente à alimentação do homem.

Os cursos d’água, notadamente os grandes rios, que margeiam e/ou cortam as cidades brasileiras, recebem grande quantidade de águas de esgoto. O índice de tratamento das águas de esgoto é muito baixo. Portanto, o sistema hídrico recebe essas águas poluídas das cidades. E, sem tratamento seguem levadas até aos mares e oceanos.

Esse é o ritmo que o homem mantém para sobreviver, litigando com a natureza, matando-a, para conseguir os bens comestíveis essenciais e necessários à sua alimentação. E não tem outra alternativa. Senão desmatar, queimar, plantar e colher.

A Natureza, por conseguinte, sempre será maltratada, ferida pelo homem, e sempre também numa escala ascendente, embora os órgãos de proteção às florestas, aos animais, às aves que, como o homem, habitam a natureza e dela necessitam prioritariamente para sobreviver.

           

           

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 121.550.000 acessos em 9 anos e quatro meses. e-mail: [email protected].